09 julho, 2008

[estremoz] jardim privado 2




08 julho, 2008

[estremoz] jardim privado 1



Uma vista de topo do projecto para um jardim privado em Estremoz.
Modelação 3D em 3ds Studio Max 9.
Um jardim que procura a unidade no movimento e no contraste.

06 julho, 2008

[ribeira de Tera] uma experiência de paisagem

O rio tem sido, desde os tempos mais remotos da existência humana, um elemento fundamental da paisagem, na medida em que nela desempenha um conjunto de funções importantes, quer se tratem de funções ecológicas, quer estéticas, quer culturais.
"Como fonte de água, como meio de circulação e de comunicação, como marco territorial que percorre e estrutura o espaço, como corredor ecológico potenciador da biodiversidade, como fonte de inspiração de poetas e pintores, múltiplas são as dimensões que representam para a sociedade esses elementos simultaneamente tão comuns e tão singulares que percorrem as paisagens de todo o mundo" (SARAIVA, "O rio como paisagem", 1999).

Baseados neste conceito, eu e o Sérgio Águas percorremos os 68km desde a nascente até à foz da Ribeira de Tera, no Alentejo central, para tentarmos perceber de que forma a presença da ribeira foi determinante para a humanização da paisagem, para a fixação das populações e de que forma as populações tiraram partido deste elemento fundamental e estruturante da paisagem.
O estudo foi realizado no âmbito do Seminário de Arquitectura Paisagista, no final da licenciatura, onde nos era dado um tema mais vasto (a paisagem e a água), a partir do qual surgiu o nosso tema: arquitecturas do rio.
Ao longo da ribeira fomos encontrando vários elementos do património cultural arquitectónico e arqueológico, directamente relacionados com o uso que o Homem sempre fez deste recurso natural: moinhos, açudes, levadas, pontes, alpondras, hortas, noras, poços, fontes, grutas, monumentos megalíticos, zonas de pesca... Usos diverisificados, associados à necessidade de tirar partido da água, quer como força motriz, quer para rega, quer para alimento.
Desde a Glória, em Etsremoz, passando por Evoramonte (o Pego do Sino, elemento geológico singular e ao mesmo tempo simbólico, tão repleto de lendas), por Vimieiro e Pavia, até desaguar finalmente no rio Raia,em Cabeção, a ribeira de Tera é um manancial de história e de saber humano.
O que encontramos hoje ao longo da ribeira de Tera é uma enorme quantidade de vestígios, mais ou menos degradados, de todas as obras que as comunidades locais acharam por bem erigir para melhor dominar e explorar o meio aquático no seu modo de vida tradicional.
É urgente que os proprietários e as entidades públicas com competências na área do ordenamento do território e da cultura olhem para estes elementos e promovam a sua recuperação e requalificação, integrando-os em circuitos pedestres, dando a conhecer este património tão rico e tão vasto, para que as memórias de um povo não acabem soterradas pelo mato e pela deposição sedimentar, ou destruídas pela força incessante das águas.

03 julho, 2008

[ génesis ]

Como tudo na vida e no mundo que nos rodeia, também este blogue tem uma génese.
A ideia que lhe está subjacente é a de criar um espaço a que todos possam aceder, onde possam intervir de forma positiva e onde possam conhecer a minha experiência e formação profissional.
Ao mesmo tempo, servirá de meio de divulgação das actividades que desenvolver decorrentes da minha formação em arquitectura paisagista, bem como algumas que já desenvolvi durante a minha formação académica.
Finalmente, é um espaço onde se pretendem debater as questões relacionadas com a paisagem, estudos e projectos de arquitectura paisagista e ordenamento do território.
Espero que corresponda às vossas expectativas.